Bolsonaro não é só mais um pária. Ele virou também um campeão. Um campeão de derrotas, das mais idiotas às mais inconsequêntes.
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De ontem para hoje, ou seja, em 24h, foram 2: o motim frustrado com a PM, cujo dia D até já estava anotado na agenda (Sete de Setembro) e a reviravolta no caso Luis Barroso, ministro do STF e presidente do Superior Tribunal Eleitoral.
Bolsonaro tinha em mãos a representação ao senado pedindo o impeachment do magistrado.
Mudou de ideia e descartou a papelama.
Certeza que se arrependeu por causa da repercussão negativa no caso de Alexandre Moraes – pediu o impedimento do ministro e sua tese foi rechaçada de A a Z.
Um bom conselheiro devia informar Bolsonaro que o mandatário de plantão é insignificante comparado ao aparato públco que o envolve.
Se já é difícil para os melhores e mais experientes, imagina para um capitão aloprado cuja ficha corrida registra uma tentatida de atentado contra a própria instituição a qual pertencia e da qual acabou expulso?
Omar Aziz, senador pelo PSD do Amazonas e presidente da CPI da Covid, falou nessa semana sobre as fakes news espalhadas quase todos os dias por Eduardo Bolsonaro.
Disse claramente que o filho do presidente pode ser preso como foi o deputado Daniel Silveira – ambos pregam ditadura e atacam o STF.
“É uma brincadeira que alguém coloca, e o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, coloca lá no seu Twitter. O que aconteceu com o deputado Silveira pode acontecer com o deputado Eduardo Bolsonaro. O Ministro Alexandre de Moraes manda prender o Silveira”, afirmou Aziz.
Demos aqui no DCM final de semana que Carluxo ligou para o pai com medo de ir em cana.
Cobrou mais energia do velho.
Bolsonaro até tentou retomar a palhaçada da corda esticada com o STF, mas ninguém deu muita bola. Essa já era derrota velha.
Como Bolsonaro amarelou no caso Barroso
Jair Bolsonaro desistiu de enviar ao Senado Federal o pedido de impeachment de Luis Roberto Barroso.
Ele havia prometido enviar o processo contra Moraes e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ministros do Palácio do Planalto, a quem prometeu desistir do processo, comemoraram, segundo a coluna de Lauro Jardim no Globo.
Bolsonaro apresentou impeachment de Moraes na semana passada
Dias depois de prometer entrar com o processo contra os magistrados, Bolsonaro pediu o impeachment de Moraes ao Senado.
A entrega do documento ocorreu na última sexta (20).
Segundo ele, ambos os ministros “extrapolam os limites constitucionais”.
“Todos sabem das consequências, internas e externas, de uma ruptura institucional, a qual não provocamos ou desejamos”, argumentou.
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