A declaração sobre fuzis foi tão disparatada que só é possível entendê-la como uma manobra deliberada, dentro da estratégia do “diversionismo pelo nonsense”, tão comum na nova extrema-direita.
Já a referência a “prisão, morte ou vitória” é mais significativa.
É uma – mais uma – incitação golpista. Uma disputa eleitoral não aponta para alternativas tão dramáticas.
A vitória de que Bolsonaro fala, claro está, é a vitória em seu esforço para dar um novo golpe.
A menção à morte é negligenciável – é só mais uma tentativa de se vitimizar. Está na mesma linha daquelas fotos de outro dia, de barriga aberta, no hospital. É Bolsonaro se fazendo de mártir do nosso fascismo.
Mas ele falar em prisão é sintomático.
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Bolsonaro sabe dos crimes que está cometendo. Crimes contra a saúde pública, crimes contra o erário, crimes contra a ordem constitucional.
Com a retomada de um caminho democrático no Brasil, é imperativo que ele e seus cúmplices sejam julgados e punidos.
Não é “revanchismo” – a palavra que os militares inventaram para garantir sua própria impunidade. É justiça.
Bolsonaro sabe disto. Torço para que os líderes da oposição a ele também saibam.