A Polícia Federal escolheu seu lado diante das manifestações antidemocráticas no 7 de setembro: defender a democracia. Ou seja, o recado já está dado, não terá apoio ao golpe. Bolsonaro, por sua vez, já soube que os policiais serão usados, se necessário, para enfrentar apoiadores golpistas e até a prender quem precisar.
A PF já monitora os movimentos dos extremistas de direita e prevê atos tensos. Haverá, então, a possibilidade da adoção de medidas preventivas, caso tenha ações contra o regime democrático, ou aumento dos riscos de confronto.
Os policiais se atentam também para o pós-feriado, no âmbito de novas agressões ao Supremo Tribunal Federal ou outras escaladas de violência.
Leia também
1- Redes Sociais estudam derrubar perfis bolsonaristas no 7 de setembro
2- Bolsonaristas apostam no confronto e querem guerra civil no 7 de setembro
Prisão de financiadores
A PF já foi acionada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, a fazer busca e apreensão em entidades que financiem os atos golpistas do 7 de setembro.
O magistrado, na manhã de segunda (06), determinou a identificação de todas as transferências maiores de R$ 10.000,00 feitas pelas associações da Aprosoja a terceiros, desde 10 de agosto, “para fins de rastreio”. Nota divulgada pelo gabinete do ministro mostrou o bloqueio de “diversas chaves PIX e contas bancárias” ligadas a pessoas supostamente envolvidas no financiamento dos atos.
Invasões
A violência gerada pela motivação das manifestações em apoio ao presidente teve inicio nesta segunda-feira (06). Bolsonaristas escaparam do bloqueio da PM invadiram a Esplanada dos Ministérios e prometeram invadir o STF durantes os atos golpistas.
Em imagens que viralizaram, é possível escutar algumas pessoas defendendo golpe. “Acabamos de invadir, a polícia não deu conta de segurar o povo”, declarou um homem. “E nós vamos invadir o STF amanhã”, acrescentou.