Prints comprovam: Donos de perfis falsos recebem salário para defender Bolsonaro

Atualizado em 8 de setembro de 2021 às 19:30
Bolsonaro
Bolsonaro – Foto: Reprodução

Recrutadores bolsonaristas vêm reunindo pessoas para operarem perfis falsos para defenderem o presidente e atacarem opiniões contrárias ao governo. A denúncia foi feita pelo jornalista Brain Mier, da TeleSUR, que viveu 25 anos no Brasil.

Segundo prints de negociações divulgados por Mier, a rede de apoiadores de Bolsonaro estariam pagando R$ 1.500 para uma jornada de seis horas diárias com 10 contas distintas para atacarem a oposição.

“Eu estava me perguntando por que tantos bots com menos de 20 seguidores estavam me atacando com os mesmos xingamentos ontem. Tive tantos ataques que tive que bloquear minha conta por algumas horas na véspera do protesto. Basicamente, eram todas variações de 3 insultos: ‘você é um mentiroso’, ‘você está espalhando notícias falsas’ e ‘você deveria voltar para o seu país’”, escreveu Mier.

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Apuração

Após os xingamentos, o repórter foi atrás de respostas. Ele conseguiu obter um print de negociações envolvendo o administrador de um grupo bolsonarista e uma pessoa interessada no “serviço”.

O organizador do grupo é um usuário identificado como BR_Admin_019, que diz ao interlocutor que precisa checar a origem do contato antes de continuar com a “contratação”.

Após a confirmação, o interessado recebe instruções sobre a função que exercerá e a confirmação do “salário” de R$ 1.500 e de sua jornada diária. O responsável ainda afirma que o novo “funcionário” vai gerenciar 10 perfis, e lembra que ele deverá agir “como foi mostrado no treinamento”.

Confira abaixo: