Golpista Temer tira da gaveta plano que FHC chamou de ‘pinguela’ para tentar a presidência em 2022

Atualizado em 14 de setembro de 2021 às 15:05
Cartaz volta Temer na avenida Paulista
Cartaz volta Temer na avenida Paulista

Contando é difícil de acreditar. Mas Michel Temer sonha com a possibilidade de disputar a presidência em 2022.

O DCM confirmou a informação com parlamentares do MDB.

O velho golpista que renasceu das cinzas no início deste ano, com a morte de Bruno Covas, e a chegada de seu pupilo Ricardo Nunes à prefeitura de São Paulo, acredita que fez um bom governo e que é alguém habilitado para pacificar o país.

Subiu à cabeça de Temer o fato de Bolsonaro mandar um avião da FAB buscá-lo em São Paulo para um movimento de trégua junto ao ministro Alexandre de Moraes.

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A plataforma de Temer 2022 é uma velha conhecida: trata-se do programa “Uma Ponte para o Futuro”, que serviu de base para o período em que usurpou a presidência.

O documento de 27 páginas foi elaborado pela Fundação Ulysses Guimarães, na época presidida por Moreira Franco, que foi ministro de Temer.

Apresenta propostas para a economia, a Previdência, a composição da base do governo, transparência nos órgãos federais, entre outros temas. Na época, o ex-presidente Fernando Henrique chamou o plano de Temer de ‘pinguela’.

Durante seu governo, Temer foi acusado pelo empresário Joesley Batista de pegar propina da JBS.

Temer pega propina da JBS

Joesley contou que conheceu Temer em 2010, apresentado por Wagner Rossi, ex-deputado federal pelo PMDB e pai do atual presidente nacional da legenda e parceiro do golpista, Baleia Rossi.

Joesley contou que esteve com Temer em pelo menos 20 ocasiões, no escritório dele, ora no escritório do advogado, ora na casa de Temer em São Paulo e ainda no Palácio do Jaburu.

Joesley provou sua versão através de Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor do golpista flagrado com uma mala de R$ 500 mil entregue por um executivo da JBS.

Gravado e filmado em negociações, e ao receber uma mala, o ex-assessor presidencial ainda responde por corrupção passiva.

Foi o grupo do golpista que organizou a presença de cabos-eleitorais com placas #Volta Temer nos atos contra Bolsonaro chamados pelo MBL neste domingo, 12.

A ação é sincronizada com o vídeo espalhado por Elsinho Mouco, marqueteiro do ex-presidente, em que a elite do poder se reuniu em São Paulo para solapar o governo de Jair Bolsonaro.

O que se sabe de Temer é que é um craque nos bastidores.

Ele acredita que pode ser o pacificador do país. Resta saber se os eleitores estão dispostos a embarcar na aventura.