Acredite se quiser: Bolsonaro tem hoje aproximadamente 200 deputados na sua base na câmara. Destes, quase 150 vão abandonar o mandatário em 2022 e correr para o ‘colo de Lula’.
Quem contou ao DCM foi um parlamentar do Maranhão que vota com o governo, mas não é do núcleo duro do presidente.
O governo, na visão do parlamentar, é um misto de inépcia com descaso.
Nada funciona, niguém se entende, o presidente não cumpre acordos elementares com sua base de apoio.
Me veio à cabeça o nome do ministro Tarcísio.
– Mas e o ministro Tarcísio, o superman deputado, nada?
Ele deu risada e mandou conhecer as sete estradas federais do Maranhão.
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– Mas ali tem Flávio Dino, insisti.
Ele continuou rindo.
Embaraços com as Emendas
A inépcia do governo é tanta que a única coisa que tem de bom para oferecer Bolsonaro não consegue entregar: exceto os tubarões do primeiro escalão do Congresso, é raro um deputado conseguir executar até emendas impositivas em todas as áreas, especialmente na de infraestrutura.
Motivo: não tem planejamento, não tem projeto, não tem nada. Por isso os empenhos não são executados e o parlamentar fica na mão
O Executivo só passa vergonha com os órgãos de regulação.
Se engana quem imagina que a vida de um parlamentar é fácil. Ser cobrado nas ruas é para quem tem nervos de aço.
O povo é sábio e o deputado é aquele com quem de vez enquando consegue encontrar.
As cobranças são duras e a resposta vem sempre nas urnas: fica ou pega a viola, enfia no saco e volta para casa.
Essa segunda opção é a que ninguém quer. Então o melhor neste momento é manter uma distância tática para correr para o ‘colo de Lulinha’ ano que vem.
E finalizando: esse quadro vai se desenhar mesmo porque Bolsonaro não vai mudar nada. É daqui pra pior.