Tabata Amaral já deixou claro que quer um nome para “terceira via” em 2022. Márcio França segue aliado de Geraldo Alckmin e, provavelmente, será vice dele para o governo de SP. Os caminhos tomados pelo PSB em São Paulo têm incomodado líderes da sigla em outras regiões.
No Rio de Janeiro, por exemplo, Marcelo Freixo tem defendido que é preciso formar uma frente ampla para derrotar Bolsonaro. E o ex-psolista é favorável ao nome de Lula como líder da chapa. E aliados da legenda em terra carioca não discorda do deputado federal.
No Maranhão, Flávio Dino nunca escondeu sua admiração pelo ex-presidente. Antes do petista recuperar seus direitos políticos, uma ala do PT chegou a cogitar convidar o governador para se filiar ao partido. E ser o candidato ao poder executivo federal em 2022. Por causa dessa relação, ele apoiará Lula no ano que vem.
Em Pernambuco, Paulo Câmara sinalizou que quer conversar com o Partido dos Trabalhadores. Inclusive, Lula chegou a viajar para o estado e conversou com lideranças do PSB. A tendência é que as duas siglas voltem a formar aliança na região.
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PSB em conflito por causa de Tabata Amaral e Márcio França
Mas os posicionamentos de Tabata e as alianças formadas por França em São Paulo podem dificultar as negociações. O ex-governador paulista já deixou claro que uma coisa não prejudica a outra. Na visão dele, parcerias nos estados não interferem na aliança nacional.
Ele relembrou 2014. Na época, Marina Silva era candidata a presidência da República pelo PSB e enfrentou Aécio Neves, que era do PSDB. Em compensação, França e Alckmin ganharam a eleição de SP.
França também tem destacado que em 2018 o PSB foi independente. Isso facilitou para os diretórios estaduais, que fizeram suas coligações com maior tranquilidade. E o ex-governador aponta que o partido precisa focar nos governos e não no Planalto.
Já Tabata Amaral tem dado suas opiniões e não pretende abrir mão das suas convicções. Caso o PSB decida fechar com o PT nacionalmente, ela usará os argumentos de derrotar Jair Bolsonaro.