Câmbio alto no Brasil valorizou a fortuna do ministro Paulo Guedes. Num claro conflito de interesses com seu cargo público, o economista fez fortuna com a crise nacional.
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Guedes fez fortuna
Segundo a reportagem da revista Piauí, ao longo de 2015, a família Guedes subscreveu mais 9.687 ações na offshore, que somaram 1,55 milhão de dólares aos 8 milhões aportados anteriormente.
Desde então, conforme os documentos obtidos pelo ICIJ, não houve novo aporte nem retirada de capital na empresa.
Devido à alta de 39% da taxa de câmbio desde que virou ministro, os 9,55 milhões de dólares de Guedes e sua família guardados no paraíso fiscal tiveram uma valorização estupenda em reais.
Foi um ganho de 14,5 milhões de reais a mais do que valiam antes de ele assumir o cargo.
Pandora Papers investigou milhões de documentos de paraísos fiscais em todo o mundo. No Brasil, participaram da apuração Agência Pública, revista piauí, Poder360 e Metrópoles. Essa investigação jornalística está expondo offshores de Paulo Guedes, Otávio Fakhoury, Roberto Campos Neto e figuras do governo Bolsonaro.
Quem é Paulo Guedes?
Paulo Roberto Nunes Guedes nasceu no Rio de Janeiro em 24 de agosto de 1949).
Ele é um economista brasileiro, atual ministro da Economia do Brasil.
É formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestre e doutor pela Universidade de Chicago, e foi professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi um dos fundadores do Banco Pactual e de vários fundos de investimentos e empresas, bem como um dos fundadores do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), criado para ser um instituto de pesquisas sobre o mercado financeiro.
Guedes foi anunciado em novembro de 2018 pelo então presidente eleito Jair Bolsonaro como titular do Ministério da Economia, que ainda não existia e viria a ser criado no dia da sua posse como ministro, em 1.º de janeiro de 2019.