A receita exibida no programa da Ana Maria Braga é sofisticada. Junto com o protagonista do prato vai o pé de porco e um frango inteiro cortado em pedaços.
Após a fritura, o segredo é ir pingando água aos poucos até formar o molho denso e bem temperado.
Nos sítios do interior não é bem assim: nesses lugares galopé é galopé, pronto e acabou. Uma iguaria para quem curte cartilagem frita, cozida e bem temperada para puxar cerveja e a branquinha de alambique.
O que ninguém podia imaginar é que a receita de pé de frango ia virar mistura para acompanhar a macarronada de domingo em família.
Fui a um supermercado de cidade do interior para ver se encontrava. Surpresa: as peças estavam expostas em área nobre na vitrine, com um cartaz informando em letras garrafais: ‘Promoção só hoje: R$ 7,89 o quilo’.
Não levei por dois motivos.
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O primeiro porque achei caro – por esse valor dependendo do lugar é possível comprar uma dúzia de ovos e se apresentar com mais dignidade à família.
‘Duro, mole ou omelete?’, basta perguntar às crianças e está tudo resolvido.
O segundo motivo é prático mesmo: não sei fazer a receita de galopé e, exceção da cervejinha que eu prefiro tomar no bar, e não em casa, cachaça nunca foi meu forte.
Trancada a sete chaves
Sabe aquela tradicional seção de uisque do Carrefour, fechada à chave? Tem gente copiando a ideia para evitar que clientes passem a mão na picanha ou num naco de contrafilé.
Enquanto isso a caravana passa.
Só de juros com sua offshore nas Ilhas Virgens Paulo Guedes lucra, num cálculo conservador, R$ 15 mil por dia.
No total, desde que virou ministro da Economia o cálculo é de ter lucrado mais de R$ 14 milhões de reais com a desvalorização do real diante do dólar.
Há menos de três anos ele tinha R$ 35 milhões em uma empresa offshore nas Ilhas Virgens Britânicas e a expectativa é de que esse dinheiro seja agora estimado em mais de R$ 51 milhões.
Paulo Guedes certamente nunca experimentou galopé. E nem vai querer experimentar. Picanha é muito mais gostoso.