Rodrigo Pacheco (DEM), afirmou nesta sexta (8) que o veto do presidente Bolsonaro à distribuição de absorventes vai cair. A declaração do presidente do Senado foi feita pelo perfil dele no Twitter. Com certeza, isto vai acirrar ainda mais a guerra política entre ele o chefe do poder executivo federal.
Na visão dos bolsonaristas, Rodrigo vai ser candidato em 2022 na eleição presidencial. Seja como cabeça de chapa ou como vice. Inclusive, não é segredo para ninguém que Kassab o quer no PSD. O ex-prefeito de São Paulo quer transformar o parlamentar na principal força da terceira via.
Também não descarta uma possibilidade de união com o ex-presidente Lula. E, quem sabe, colocar Pacheco como vice da chapa petista. Só que a concorrência será grande, pois o PSB também tem interesse neste lugar. Só que o petista decidirá isso apenas no ano que vem.
Agora a guerra entre Bolsonaro e o presidente do Senado se dará por conta do veto à distribuição de absorventes. A declaração no Twitter de Rodrigo deixou muito claro o seu desejo.
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Bolsonaro vetou a oferta gratuita de absorventes e outros cuidados de saúde menstrual. O projeto de lei 2968/20199 foi aprovado no Congresso Nacional e criava um novo programa de distribuição. O Programa de Fornecimento de Absorventes Higiênicos iria entregar itens de higiene a alunas do ensino médio e de anos finais do ensino fundamental, além de mulheres em situação de rua, de vulnerabilidade social extrema, presidiárias e apreendidas.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União na quinta (7). O projeto foi sancionado, mas o mandatário vetou cinco trechos. Entre eles estavam “assegurar a oferta gratuita de absorventes higiênicos femininos e outros cuidados básicos de saúde menstrual”.
O presidente alega ter consultado o Ministério da Economia e o da Educação, que recomendaram o veto. Justifica que “a proposição legislativa contraria o interesse público, uma vez que não há compatibilidade com a autonomia das redes e estabelecimentos de ensino”.