O advogado Marcos Tolentino da Silva, alvo da CPI da Covid, pode ser dono de banco envolvido em venda de vacina superfaturada, dizem documentos sobre o FIB Bank.
A empresa assinou garantia de R$ 80,7 milhões para assegurar o contrato da Precisa Medicamentos com o Ministério da Saúde para a compra da vacina Covaxin.
Uma reportagem publicada pelo Congresso em Foco expõe as “digitais” de Tolentino no banco que não é banco.
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Relação entre Marcos Tolentino e a FIB Bank
Documentos citados pela reportagem mostram que o FIB Bank emitiu cartas de fiança para empresas de Tolentino, de seus sócios e familiares.
O site do FIB Bank foi invadido por um grupo de hackers enquanto as investigações da CPI foram se tornando públicas.
O ataque foi de autoria da Etersec, uma célula brasileira do movimento Anonymous, grupo ativista hacker que surgiu em 2003.
Os hackers tornaram disponíveis mais de 400 documentos na internet.
Os documentos analisados pela reportagem mostram aquilo que Tolentino nega: uma grande ligação do advogado, seus familiares e amigos com o FIB Bank.
Família Tolentino & Benetti
Oficialmente, Marcos Tolentino da Silva é dono de 11 empresas.
Ele também é presidente, representante e diretor de mais outras dezenas, a maioria delas parte do grupo Benetti.
O próprio Marcos Tolentino tem uma carta de fiança emitida pelo FIB Bank em seu nome, em um processo trabalhista.
As conexões e digitais de suas empresas, de familiares e de amigos aparecem com frequência.
Por exemplo, Roberto Alvarenga, seu sogro, é sócio de quatro empresas:
1 – Benetti Prestadora de Serviços e Incorporadora,
2 – Benetti Administradora de Bens Próprios,
3 – BAA – Benetti Consultoria e Participações LTDA
4 – BAA – Administradora de Bens e Consultoria Tributária.
Além disso, duas empresas de Vanessa Navarro Alvarenga Tolentino, esposa de Marcos, têm em seus quadros societários empresas de Ricardo Benetti.