Marcelo Queiroga disse estar tranquilo para depor na CPI da Covid na próxima segunda (18). O ministro da Saúde disse que está “com a consciência tranquila”. Ele foi reconvocado para sua terceira oitiva na última quinta (7). O depoimento do ministro deve ser o último da comissão, que encerra os trabalhos no dia 20.
A convocação do ministro foi debatida nas últimas semanas por senadores da CPI, mas não havia consenso. Na semana passada, Omar Aziz pautou a votação do requerimento e ele foi aprovado. Os parlamentares haviam enviado uma série de perguntas ao ministro na terça-feira (5). A ideia era substituir o depoimento pelas respostas sobre a estratégia de vacinação em 2022.
Queiroga não respondeu, no entanto, e eles decidiram reconvocá-lo para uma nova oitiva.
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Caso Conitec e publicação nas redes motivaram reconvocação de Queiroga
Antes da votação do requerimento, senadores discutiram o caso Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias). O órgão retirou de pauta uma análise que faria sobre o “tratamento precoce”. Seria votado um relatório contra o conjunto de drogas ineficazes contra o vírus.
O presidente se irritou com as informações do documento, que condenava o uso dos remédios. Por isso, ele pressionou o ministro por mudanças no relatório.
Outro motivo da nova convocação foi postagem feita por Queiroga após contrair covid-19. Nos Estados Unidos, o ministro ironizou a vacinação e o uso de máscaras, insinuando que eles não têm eficácia.
Ele compartilhou uma publicação de um bolsonarista que dizia:
“Que ironia! O ministro Marcelo Queiroga seguiu todos os protocolos, vacinou com a Coronavac, usa máscara o tempo inteiro e foi contaminado. O presidente não se vacinou, não usada máscara, estava ao lado dele e não pegou”.