STF prorroga por mais 90 dias inquérito contra Bolsonaro envolvendo PF

Atualizado em 11 de outubro de 2021 às 16:42
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Presidente Jair Bolsonaro
Reprodução

Ministro Alexandre de Moraes, do STF, prorrogou por mais 90 dias o inquérito que apura se Jair Bolsonaro (sem partido) teria tentado interferir na Polícia Federal para beneficiar aliados e familiares, diz a CNN Brasil.

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Inquérito contra Bolsonaro prorrogado

É quarta vez que o inquérito contra o presidente é prorrogado. A última prorrogação aconteceu no dia 20 de julho deste ano. O novo adiamento vale a partir de 27 de outubro, quando se encerraria o inquérito.

“Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento, nos termos previstos no art. 10 do Código de Processo Penal, prorrogo por mais 90 (noventa) dias, a partir do encerramento do prazo final anterior (27 de outubro), o presente inquérito”.

Essa investigação foi aberta em maio ano passado, após o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro afirmar que o presidente agiu para interferir na Polícia Federal, com pressão para alterações na composição da corporação.

O ex-juiz da Lava Jato deixou o governo na mesma época, após pressão do Palácio do Planalto para substituir o então diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo, pelo diretor da Abin, Alexandre Ramagem — nome próximo da família presidencial.

Moraes assumiu a relatoria do caso no ano passado, quando o então relator, Celso de Mello, se aposentou e deixou a corte.

No último dia 6, o presidente afirmou ao STF, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), que deverá prestar depoimento presencialmente no inquérito que apura suposta interferência na Polícia Federal.

Plenário do STF se reuniu para julgar o formato do depoimento de Bolsonaro — presencial ou por escrito —, mas o ministro Alexandre de Moares retirou o tema da pauta visto que a AGU enviou documento dizendo que o presidente está disposto a colaborar com a jurisdição da Suprema Corte.

A sessão do plenário julgava um recurso da AGU, que entendia, até então, que o presidente deveria depor por escrito.