A menos de duas semanas do primeiro turno das prévias, que acontece dia 21, um fantasma ronda a campanha de João Doria: o da traição.
O governador de São Paulo, tido como traidor após a conduta com Geraldo Alckmin, seu padrinho político, sente que está prestes a beber do próprio veneno na disputa interna do PSDB para a escolha do candidato à presidência em 2022.
Doria chega na reta final do primeiro turno cabeça a cabeça com Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul – o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, corre por fora.
O que vem assustando seus coordenadores de campanha é o contingente de pessoas trabalhando contra a sua postulação.
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Diferentemente de Leite e Virgílio, o governador de São Paulo tem sentido na pele a antipatia que desperta entre os correligionários tucanos.
Militantes de São Paulo, muitos com cargos no governo do Estado, dizem que a traição a Doria nas prévias é um empate necessário no jogo.
Outros enxergam na derrota do governador a possibilidade do partido recuper a pauta ´social-democrata’ da sua fundação e que ainda consta no estatuto do partido.
Doria vice de Moro?
É consenso no PSDB que Doria não ficará no partido caso seja atropelado nas prévias.
Como tem muito dinheiro, existe uma especulação de que ele possa encostar em Sérgio Moro e se oferecer para ser vice do ex-juiz de Maringá, que vai se filiar ao Podemos.
Compromisso com empresários chineses e dos Emirados Árabes
Outro grupo aposta que o gestor não tem vocação para consorte.
E que precisa sair candidato a presidente de qualquer forma para justificar as expectativas que criou entre empresários dos Emirados Árabes e chineses, países onde o governo de São Paulo mantém escritórios e que vêm sendo acompanhados de perto pelos executivos do Líde, grupo empresarial controlado pelo gestor.