André Mendonça está mentindo durante sua sabatina. A afirmação não é do DCM, mas de aliados do candidato ao cargo de ministro do STF. O estafe do ex-ministro da Justiça concluiu que seria necessário mentir em alguns pontos para dar segurança à aprovação. E isso foi abordado e houve acordo com o próprio Bolsonaro e também com líderes evangélicos.
Segundo apuração do DCM, ele garantiu aos líderes que não pode ser considerado reacionário durante a sabatina. Ainda que muita gente aposte que o candidato a ministro do Supremo vá abandonar Bolsonaro, ele será conservador. Isso o próprio Mendonça já vinha dizendo durante reuniões com senadores e foi aí que nasceu o perigo.
Durante esses encontros, ele sentiu que parte significativa dos senadores não irão admitir um reacionário na vaga. Por isso, reunião de emergência foi marcada com líderes evangélicos, tendo o aval de Bolsonaro. Ali, Mendonça explicou a situação e deixou claro que teria de mentir. “Ele disse que não poderia dizer ser contra o casamento gay”, afirmou uma pessoa ligada a uma importante Igreja.
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Mendonça mente porque é pecadinho
Segundo essa mesma pessoa, a reação de importantes líderes religiosos foi de compreensão. “É um pecadinho. Pecadinho pode”, teria chegado a afirmar um deles. Isso significa dizer que, Mendonça poderia mentir à vontade para os senadores e isso não afetaria sua relação com a Igreja evangélica.
Na concepção dos pastores, mais importante que mentir ou dizer a verdade, é defender as pautas conservadoras na hora certa. “Eles querem que Mendonça vote no STF, o que ele diz no Senado não importa”, garante a fonte. Para os líderes cristãos, o diabo deixou de ser o pai da mentira faz tempo.