O presidente do Peru, Pedro Castillo, do partido Peru Libre, tentará evitar, nesta terça-feira (07), a aprovação do processo de impeachment contra ele no Congresso do país. O pedido de afastamento está sendo orquestrado pela direita peruana, com protagonismo do partido Fuerza Popular, da candidata derrotada nas eleições, Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto Fujimori.
Se aberto, este seria o quinto processo de impeachment contra um presidente em cinco anos, no Peru.
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Pedro Castillo, que tem uma política anti-imperialista, será afastado da presidência se 87 dos 130 congressistas votarem favoravelmente ao impeachment. O Congresso peruano é unicameral.
O pedido de impedimento menciona “incapacidade moral” de Castillo, por ele não ter explicado reuniões supostamente irregulares que fez fora do palácio do governo e que não constaram na agenda oficial. Ele se defenderá em sessão extraordinária do Congresso, nesta terça-feira (07), e já chamou o processo de “moção sem respaldo e com absoluta irresponsabilidade”.
O partido de ultradireita de Keiko Fujimori tem 43 votos, o que seria insuficiente para o afastamento. No entanto, nos últimos dias, Pedro Castillo tentou conversar com outros líderes da oposição para articular sua defesa e todos se recusaram a recebê-lo.
O Peru passou por quatro processos de impeachment nos últimos anos, incluindo dois afastamentos de presidentes: Kuczynski, em 2018, e Vizcarra, em 2020.