A morte do capitão reformado José Wilson da Silva, de 89 anos, durante a madrugada de sexta-feira (10), em Porto Alegre, é um mistério. Isso porque ele atuou no movimento da Legalidade, lutou contra o Golpe Militar de 1964 e era conhecido como o Tenente Vermelho.
O caso está sendo investigado sob o comando da delegada Isadora Galian, pela 1ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DPHPP).
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José Wilson da Silva foi uma das pessoas mais próximas ao ex-governador Leonel Brizola. Ele foi eleito vereador pelo PTB em 1963 em Porto Alegre, perdeu os direitos políticos com o golpe e se exilou no Uruguai.
O Tenente Vermelho foi um dos fundadores da Associação de Defesa e Pró-Anistia dos Atingidos pelos Atos Institucionais. Em 1987 lançou o livro “O Tenente Vermelho”, além de ter publicado outras obras.
Ele foi encontrado morto em sua casa, no chão, com marcas aparentes de dois disparos na região do tórax. Um facão estava ao lado do corpo.
A companheira e ex-cuidadora da vítima informou, em depoimento, que os dois escutaram um barulho no pátio e ele foi averiguar com o facão do que se tratava. José Wilson da Silva, de acordo com ela, foi surpreendido e alvejado na garagem do pátio da casa.
Ela não viu quantos indivíduos eram e desconhece a causa para que fosse assassinado. O som de um veículo deixando o local foi ouvido por outras pessoas depois dos tiros.
Com informações do Correio do Povo