A Anvisa informou hoje (21) já ter recebido 150 e-mails com ameaças e intimidações desde sexta-feira passada.
A agência anunciou na quinta-feira (16) a aprovação da vacinação para crianças de 5 a 11 anos com o imunizante pediátrico da Pfizer. Essa vacina é envasada em frasco com tampa laranja, diferente da distribuída hoje no Brasil para adolescentes e adultos.
Na noite do mesmo dia em que saiu a notícia que a vacina teria sido aprovada, o presidente Jair Bolsonaro fez uma live e disse ter pedido, “extraoficialmente”, o nome das pessoas responsáveis pela aprovação.
Foi uma declaração falsa, já que o anúncio da Anvisa foi transmitido ao vivo em seu canal no YouTube e os técnicos falaram diante das câmeras, com legendas que identificavam seus nomes.
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Anvisa recebe ameaças desde outubro
Douglas de Toledo Bozza, encaminhou um e-mail no dia 28 de outubro para servidores da Secretaria de Educação do Estado do Paraná e para a Primeira a Quinta Diretoria da Anvisa. No texto, Bozza dizia que, se a Anvisa aprovasse a vacinação de crianças contra a covid-19, retiraria seu filho da escola. A mensagem trazia a afirmação mentirosa de que os imunizantes seriam experimentais e apontava: “deixando bem claro para os responsáveis, de cima para baixo: quem ameaçar contra a segurança física do meu filho: será morto.”
A Polícia Federal concluiu o inquérito sobre as ameaças de morte aos diretores Anvisa e entendeu que “restou comprovada a materialidade e autoria” do delito cometido pelo autor do e-mail.
Porém, o delegado Tarcísio Júnior Moreira acabou não indiciando o investigado, já que o delito de ameaça se trata de um crime de menor potencial ofensivo. Agora, a decisão de denúncia cabe ao Ministério Público Federal.
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