A Anvisa entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) todas as informações existentes sobre as ameaças dirigidas a diretores e técnicos da agência, decorrentes da aprovação da vacina da Pfizer contra Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos.
Ontem, a Anvisa protocolou na corte o documento com as informações solicitadas pelo ministro Alexandre de Moraes, dentro do prazo solicitado.
Moraes mandou o presidente Jair Bolsonaro e o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, apresentarem informações sobre o fato de o chefe do Executivo ter dito que pediria a divulgação do nome dos responsáveis por autorizar a vacinação de crianças.
Bolsonaro e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, Têm agindo para dificultar e adiar a vacinação de crianças contra a Covid-19.
O presidente, no dia 16, fez uma live em suas redes sociais e afirmou: “Eu pedi, extraoficialmente, o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de cinco anos. Queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento”.
Tudo o que diz respeito às ameaças feitas a técnicos e diretores, relacionadas ao tema vacinação de crianças contra a Covid-19, foi informado ao STF, de acordo com integrantes da Anvisa.
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Anvisa contestou a intimidação feita pelo presidente
“A Anvisa está sempre pronta a atender demandas por informações, mas repudia e repele com veemência qualquer ameaça, explicita ou velada, que venha constranger, intimidar ou comprometer o livre exercício das atividades regulatórias e o sustento de nossas vidas e famílias: o nosso trabalho, que é proteger a saúde do cidadão”, afirmou a agência, em nota no dia 17.
Após o gesto do presidente, técnicos e diretores da Anvisa receberam 150 emails com ameaças diversas. Um rastreamento foi feito para envio das informações à PF, que passou a investigar as ameças em inquérito aberto.
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