As motociatas de Jair Bolsonaro já custaram praticamente R$ 5 milhões aos cofres públicos.
O total leva em conta as despesas com o cartão de pagamento do governo federal, informadas pela Secretaria-Geral da Presidência, e os gastos assumidos pelos estados para garantir a segurança da população e da comitiva de Bolsonaro.
O cálculo só não inclui a viagem do presidente ao Paraná para a motociata que ocorreu no dia 6 de novembro, custo que ainda não foi informado pela Presidência. A Polícia Militar do Paraná também não informou os custos com a visita do presidente, alegando que as despesas “não são processadas de maneira centralizada”.
A primeira motociata aconteceu no dia 9 de maio em Brasília. Outras 12 a sucederam em quase todas as regiões do país, como Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco e Paraná.
Os eventos serviram como apoio ao presidente, que foi acompanhados por simpatizantes nas motociatas. Bolsonaro buscou uma demonstração de força em meio à queda de popularidade impulsionada pelo avanço da inflação e pela exposição do governo federal na CPI da Covid.
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Bolsonaro encontrou acolhimento de seus apoiadores nas motociatas
Nas motociatas, Bolsonaro encontrou acolhimento mais uma vez junto à sua base mais radical, lançando mão de discursos golpistas que geraram uma crise institucional.
Durante essas ocasiões, o presidente reforçou, por exemplo, que não aceitará os resultados das eleições de 2022 caso seja derrotado. Aproveitou, ainda, para atacar governadores e ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF).