Bolsonaro se filiou ao PL com a certeza que teria em sua chapa o PP e o Republicanos. O acordo era que o PP indicaria o vice e o Republicanos teria o presidente da Câmara. Claro que poderia ocorrer do Partido Progressista ficar com a presidência da Casa e o Republicanos com a vice. O fato era que todos teriam um poder de influência.
Porém, o presidente da República tem dito que quer um vice militar ou um pastor que não esteja no mundo político. Silas Malafaia é visto com bons olhos para ocupar o cargo. Tereza Cristina, Fábio Faria e outros nomes do Centrão não agradam o chefe do executivo federal. Ele tem medo de sofrer um golpe.
Tal comportamento de Bolsonaro tem incomodado lideranças do PP e Republicanos. Até mesmo Valdemar Costa Neto, dono do PL, não tem aprovado o jeitão do governante brasileiro. Isto porque ele deu a palavra que todos os três estariam juntos e com destaque na campanha.
Como o presidente tem se mostrado uma figura não confiável, já há uma forte corrente nas duas agremiações para que não apoiem Bolsonaro. O pedido é que ambas as siglas sejam independentes e deixem seus candidatos escolherem qual presidenciável eles querem fazer campanha.
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PP e Republicanos podem abandonar Bolsonaro
Os dois partidos avisaram quais caminhos Bolsonaro precisa seguir para tentar diminuir a alta rejeição. Só que o governante tem optado por escutar a ala ideológica. Tanto que é resistente na escolha de um vice do Centrão.
Esses pontos têm desgastado a relação com PP e Republicanos. Marcos Pereira já sinalizou que pode deixar a base governista. Sua preferência é apoiar Sergio Moro. Porém, com a chance de Lula vencer no primeiro turno, a tendência que faça a legenda ser independente. Desta forma, cada filiado poderá escolher seu candidato.
O PP também teme em ficar com Bolsonaro e se queimar com outros partidos, perdendo força nas negociações estaduais. Por isso irá esperar até maio do ano que vem para escolher um caminho. Tudo dependerá do impacto do Auxílio Brasil na vida dos brasileiros.