O ex-presidente Michel Temer, afirmou que o novo ataque de Bolsonaro contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não é “útil”. O presidente acabou com a suposta trégua mediada por Temer após o 7 de Setembro.
Bolsonaro retomou nesta semana os ataques aos ministros Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso. O chefe do Executivo vinculou a campanha do PT ao Palácio do Planalto, acusando os magistrados de cassar “liberdades democráticas” para favorecer a candidatura de Lula e acrescentou que Barroso entende de “terrorismo”.
“Quem é que esses dois pensam que são? Quem eles pensam que são? Que vão tomar medidas drásticas dessa forma, ameaçando, cassando liberdades democráticas nossas, a liberdade de expressão?”, disse o presidente, em entrevista a um site bolsonarista.
“Eles têm candidato. Os dois, nós sabemos, são defensores do Lula, querem o Lula presidente”, completou.
Hoje (13), Michel Temer disse à CNN Brasil, que “mencionar nomes não me parece que seja útil, é algo que eriça os sentimentos das pessoas e não colabora para harmonia dos Poderes”.
“Espero que o presidente, que há três meses não mencionava nomes de ministros do Supremo, leve em conta essa circunstância e possa voltar ao sistema que ele mesmo adotou nos últimos três meses”, completou o ex-presidente.
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Temer mediou trégua de Bolsonaro com o STF
Em setembro do ano passado, Temer sugeriu a Bolsonaro a redação de uma carta para dizer que os ataques e ameaças dirigidas especialmente a Alexandre de Moraes teriam uma trégua. O ex-presidente também mediou um telefonema entre o Bolsonaro e o ministro do STF.
“Fiz uma coisa modestíssima: colaborar com o cumprimento da Constituição Federal, que determina a harmonia entre os Poderes”, declarou Temer. “O que se revelou naquele momento é que o povo está cansado dessas agressões violentas.”
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