Juíza detona pedido de prisão contra William Bonner: “Delírios negacionistas”

Atualizado em 17 de janeiro de 2022 às 12:55
Foto de William Bonner
William Bonner. Foto: Reprodução

O pedido de prisão contra o jornalista William Bonner, feito pelo advogado negacionista Wilson Koressawa, foi detonado pela juíza Gláucia Falsarella Pereira Foley, do Juizado Especial Criminal de Taguatinga-DF, em sua decisão.

“O Poder Judiciário não pode afagar delírios negacionistas, reproduzidos pela conivência ativa – quando não incendiados – por parte das instituições, sejam elas públicas ou não”, escreveu Foley no despacho de domingo (16).

O motivo do pedido de prisão, obviamente rejeitado, foi o incentivo que Bonner fez à vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19.

Leia mais:

1. VÍDEO – Weintraub confirma que Bolsonaro sabia da Operação ‘Furna da Onça’, envolvendo rolos de Flávio

2. “Globalização à chinesa”. O aniversário de um discurso histórico. Por Elias Jabbour

3. Marqueteiro, Doria aposta em mais propaganda para sair da lona nas pesquisas

De acordo com a magistrada, o advogado “reproduz teorias conspiratórias, sem qualquer lastro científico e jurídico, esvaziando seu texto em mera panfletagem política”.

“Vivemos tempos obscuros traçados por uma confluência de fatores. É preciso coragem, maturidade e consistência política e constitucional para a apuração das devidas responsabilidades pelas escolhas que foram feitas. Nas palavras de Churchill, a democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas as demais. Os inúmeros mecanismos de pesos e contrapesos da democracia nos colocaram na presente situação, mas será somente por meio dela que o Poder Judiciário, trincheira do Estado Democrático de Direito, poderá colaborar para que ensaiemos a superação da cegueira dos nossos tempos”, escreveu a juíza na decisão.

“Globalização à chinesa”. O aniversário de um discurso histórico. Por Elias Jabbour

Desde sua fundação em 1945 a Organização das Nações Unidas (ONU) e suas famosas Assembleias Gerais foram palco de discursos agudos, históricos e definidores de um tempo.

Não foram poucos os líderes dos países periféricos que utilizaram desta tribuna para denunciar os efeitos nocivos do imperialismo ao mundo. De Che Guevara à Fidel Castro.

De Gamal Abdel Nasser à Jawaharlal Nehru. Todos fizeram história ao ocupar a tribuna da central da ONU. Por parte da República Popular, existem dois discursos marcantes.

O de Deng Xiaoping em 1974 onde expôs as linhas gerais da chamada tese dos “Três Mundos” e Xi Jinping a 18 de janeiro de 2017 com o discurso “Construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade”.

Na verdade, nesse pronunciamento histórico o presidente chinês aponta à humanidade o que eu chamaria de…

Continue lendo.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link