Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das fake news deve retomar suas atividades em fevereiro com foco nas eleições de 2022, segundo o presidente do colegiado, senador Angelo Coronel (PSD-BA). Essa informação foi dada para a reportagem do G1. Ao DCM, o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) afirmou que pretende convocar, não convidar, o empresário bolsonarista Otávio Oscar Fakhoury, ligado ao chamado gabinete do ódio.
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Como será a CPMI das Fake News?
Comissão é formada 16 deputados e 16 senadores e foi instalada em 2019. Naquele período, o Supremo Tribunal Federal (STF) instaurou o inquérito das fake news, que apura notícias fraudulentas, ofensas e ameaças a ministros da Corte.
Instalada em setembro daquele ano, a comissão teria, inicialmente, 180 dias para concluir os trabalhos. O prazo foi prorrogado, por igual medida, pelo Congresso em abril de 2020, quando a CPMI já estava paralisada e se aproximava do esgotamento da primeira contagem.
No ano de 2021, o ministro do Supremo Alexandre de Moraes determinou a inclusão do presidente Jair Bolsonaro (PL) como investigado no inquérito.
A CPMI das Fake News está com suas atividades paralisadas desde o primeiro trimestre de 2020, em razão das restrições impostas pela pandemia da Covid.
Durante o período em que esteve ativa, a comissão concentrou seus esforços em duas linhas de investigação: a atuação orquestrada de perfis contra a honra e segurança de pessoas e instituições; e o uso de disparos de mensagem nas eleições de 2018.
Angelo Coronel e a relatora, deputada Lídice da Mata (PSB-BA),defendem que a atuação do colegiado deve mudar este ano. Segundo eles, a CPMI deverá ter dois focos: a ação de grupos que tentam influenciar no resultado de eleições; e o avanço de propostas para enfrentamento da desinformação.