Golpe e bolsonarismo: Brasil fica mais pobre e caiu nas classes D e E

Atualizado em 23 de janeiro de 2022 às 9:52
A imagem de Michel Temer e Jair Bolsonaro
Michel Temer e Jair Bolsonaro. Foto: Alan Santos/PR

Brasil ficou mais pobre em 10 anos, diz reportagem de Luiz Guilherme Gerbelli no portal G1. O que aconteceu em comum nesses anos? O golpe parlamentar de Michel Temer contra Dilma Rousseff, através de um impeachment sem crime de responsabilidade, e a ascensão da extrema direita com Jair Bolsonaro.

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Como o Brasil ficou mais pobre?

Entre os anos de 2012 e 2022, a fatia de domicílios brasileiros que integra as classes D e E aumentou de 48,7% para 51%, diz um levantamento realizado pela consultoria Tendências.

Nos números absolutos, são 37,7 milhões de domicílios compondo a base social neste ano. País não tem um critério único para classificar as classes de renda. Pelo levantamento da Tendências, as classes D e E são compostas pelos domicílios com renda mensal de até R$ 2,8 mil.

Nesse levantamento de 10 anos, a piora da mobilidade social mostra um importante revés para o Brasil. Desde o início dos anos 2000 até meados da década passada, o país viu o fortalecimento da classe C e parecia, enfim, se consolidar como uma economia de classe média.

Em 2004, 64% dos domicílios integravam as classes D e E, enquanto 22,4% pertenciam ao grupo da classe C. No ano de 2021, com o agravamento da crise sanitária, a fatia de domicílios nas classes D e E chegou a 51,6%. A ligeira melhora que será observada neste ano será fruto de um mercado de trabalho um pouco mais favorável.

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