O analista de redes Pedro Barciela afirmou ao jornalista Chico Alves do UOL que, em mais de meio milhão de tuites publicados sobre a morte do guru bolsonarista Olavo de Carvalho, apenas 24,8% foram de grupos bolsonaristas e 71% continham alguma ironia sobre o guru da extrema direita.
LEIA MAIS:
1 – Anonymous invade blog racista que atacou Douglas Silva do BBB: “Seu fim está próximo”
2 – Conheça a aposta de Moro para turbinar campanha com milícias digitais
3 – Governo Bolsonaro volta a pedir recomendação médica para vacinar crianças
Olavo de Carvalho foi detonado no dia de sua morte
Mortes normalmente não são comemoradas, mas o discurso de ódio e o incentivo ao aniquilamento do adversário, que Olavo inspirou em seus discípulos, acabou provocando uma revanche do outro lado.
Parte dos bolsonaristas condenou as mensagens contra o guru da Virgínia. O mesmo grupo de pessoas que costuma aplaudir quando apresentadores de programas policiais da TV fazem dancinha para comemorar as mortes ocorridas em ações policiais.
O próprio Olavo exercitou ironia em momentos que deveriam ser de luto. Foi o que aconteceu, por exemplo, quando morreu Alfredo Sirkis, politico, escritor e ex-guerrilheiro, e também em relação às vítimas da pandemia (duvidou que o vírus “mocoronga” matasse as pessoas).
Discípulos extremistas olavistas acharam tudo isso normal. Agora, cobram um decoro que nunca tiveram. Olavo teve um discurso negacionista da vacina, colocou a culpa da pandemia em Bill Gates e mentiu sobre uma doença que provavelmente o matou.