Um aliado de Moro diz que ele vai apresentar na sexta-feira ao público todos os detalhes do seu contrato e de seus ganhos na Alvarez & Marsal, diz a Coluna Radar da Veja.
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O que diz o aliado?
“O que ele recebeu é compatível com o que ganha um executivo da consultoria nos Estados Unidos e muito inferior ao que advogados de corruptos da Lava Jato recebem para defendê-los. Não passou de 5 milhões de reais”, diz esse aliado segundo a Veja.
A conversa que chegou ao TCU e a ministros do STF era de que Moro teria faturado 30 milhões de reais como executivo da consultoria dos EUA. Isso não seria verdade segundo o aliado.
O próprio Moro disse à Coluna Painel da Folha de S.Paulo que os valores estão “muito distantes” dos milhões de reais que são especulados. “Não chega nem perto”, afirma ele. “Vou mostrar que não há nada de irregular”.
E o que diz o Grupo Prerrogativas sobre Moro?
Marco Aurélio de Carvalho, advogado coordenador do Grupo Prerrogativas, que critica a Lava Jato e os lavajatistas, comentou o caso Moro ao Diário do Centro do Mundo (DCM).
Ele diz: “A grande questão não é exatamente o que ele ganhou. É como ele ganhou, qual foi a natureza desse ganho, quais foram as vantagens, se houve ou não prestação do serviço, se tem ou não conflito ético, tem uma série de coisas nesse caso”.
“Moro está se antecipando a decisão judicial ao divulgar salário”. “A verdade precisa ser dita. Moro sempre soube que os dados que pretende divulgar na próxima sexta-feira viriam à público por decisão judicial. Não foi e nem seria transparente. Apenas se antecipou e quer nos tratar feito idiotas”, afirmou ainda.
“Já há, inclusive, um pedido formulado pela ABJD a respeito. Se o consultor jurídico e de negócios Sérgio Moro fosse julgado pelo juiz Sérgio Moro, assistiríamos a ações midiáticas de busca e apreensão, e a medidas apressadas de prisão preventiva e de bloqueio de bens. Com o apoio de parte da mídia brasileira e de parte da opinião pública àvida pelos tais justiçamentos. O consultor, por mais irônico que possa parecer, pediria socorro aos advogados que defendem a presunção de inocência e o devido processo legal”, continuou.
“De toda sorte, não basta abrir os dados sobre salários e benefícios. Moro precisa comprovar a prestação de serviços, a eventual inexistência de conflito de interesses, a razoabilidade das vantagens e dos benefícios recebidos e os valores da rescisão contratual. ”, disse.
“Por fim, sejam quais forem os valores, Moro vai precisar enfrentar o escrutínio da opinião pública, formada por milhares de brasileiros que perderam seus empregos por conta da ação criminosa de parte dos integrantes da chamada República de Curitiba”, finalizou.