Governadores de oposição ao governo acusam o Banco do Brasil (BB) de dificultar a obtenção de empréstimos a estados administrados por forças políticas que possuem discordância com a administração de Jair Bolsonaro (PL).
O governador de Alagoas Renan Filho (MDB), filho do senador Renan Calheiros, afirmou que estava em diálogo com o Banco do Brasil sobre a possibilidade de um empréstimo, mas a instituição desistiu. Renan Filho classificou o ocorrido como “ingerência política”.
Renan Calheiros, pai do governador, foi relator da CPI da Covid, que revelou os escândalos do governo Bolsona na compra de vacinas e administração da pandemia. Calheiros é um dos maiores críticos do presidente no Senado.
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Banco do Brasil destinou mais recursos para aliados do governo
O BB possui um sistema de avaliação que vai de A a D, de acordo com a capacidade de pagamento dos estados, apenas aquela com notas A e B são autorizados a fechar o acordo.
No entanto, Alagoas e Bahia (governada por Rui Costa, do PT), possuem nota B e encontram dificuldades em realizar empréstimos com o banco.
Em 2021, foram cerca de R$ 5,35 bilhões destinados aos estados da federação, quem mais recebeu recursos foram Paraná e Amazonas, que possuem governadores aliados de Bolsonaro. Ceará e Piauí aparecem em terceiro e quinto lugar respectivamente, ambos são governados pelo PT.
Em nota, o Banco do Brasil disse que “o BB obedece exclusivamente a critérios técnicos na concessão de crédito a estados e municípios. Toda contratação de operações para o setor público segue estritamente as exigências legais dos órgãos reguladores, a avaliação de crédito e os interesses negociais do BB”.
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