VÍDEO – Homem confessa ter participado de agressões que mataram congolês: “Ninguém queria tirar a vida”

Alisson Oliveira, de 27 anos, afirmou que a morte não foi motivada porque a vítima era negra

Atualizado em 1 de fevereiro de 2022 às 21:26
Em vídeo, homem assume que participou das agressões que mataram congolês
Em vídeo, homem assume que participou das agressões que mataram congolês. Foto: Reprodução

Um homem, identificado como Alisson Cristiano Alves de Oliveira, de 27 anos, afirma ter cometido as agressões que resultaram na morte do congolês Moïse Kabamgabe, na Barra da Tijuca. Ele foi levado nesta terça-feira (01) para a Delegacia de Homicídios do Rio.

Inicialmente ele se apresentou na 34ª DP (Bangu) e depois foi conduzido para a DH que fica na Barra da Tijuca. Em um vídeo que circulam às redes, Alisson afirma que a morte não foi motivada porque a vítima era negra ou “porque alguém devia a ele”.

“Eu sou um dos envolvidos na morte do congolês. Quero deixar bem claro que ninguém queria tirar a vida dele, ninguém quis fazer injustiça porque ele era negro ou alguém devia a ele, ele teve um problema com um senhor do quiosque do lado, a gente foi defender o senhor e infelizmente aconteceu a fatalidade dele perder a vida”, disse Alisson.

Ele também afirma que junto com outro envolvido no espancamento tentaram prestar socorro, pede desculpas à família de Moïse e diz que iria se entregar.

Confira abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=HqFO2u-LKSA

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Representantes de quiosque negam envolvimento na morte de congolês

O dono e o funcionário do quiosque Tropicália, na Barra, onde o congolês foi brutalmente espancado até a morte, prestaram depoimento na tarde desta terça.

Até agora, o proprietário do quiosque ainda não foi identificado. De acordo com os advogados que representam o Tropicália, o dono do lugar não é o mesmo que consta no CNPJ da Orla Rio. Ele não tem qualquer envolvimento com o crime. A defesa também nega qualquer imbróglio envolvendo dívidas com a vítima.

“Infelizmente, um pai de família, um homem religioso, que tem filho pequeno, está sendo ameaçado, está sendo injustiçado”, disse um dos advogados, sem confirmar a identidade do cliente. “Não cabe a nós imputar agressão a ninguém. Só podemos dizer que as pessoas que aparecem no vídeo não são seguranças e nem tem vínculo algum com o quiosque”, afirmou.

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