Quando Sara Giromini, ou Winter, como quiserem, resolveu peitar Alexandre de Moraes eu escrevi sobre o assunto: em síntese, afirmei que a menina estava mexendo com fogo.
Deu no que deu. Agora leio que Bolsonaro quer usar as eleições de outubro com objetivo de formar uma grande bancada no Senado para, num eventual segundo mandato, ter força para enfrentar o Judiciário.
Conta Bela Megale, em O Globo, que Bolsonaro ainda sonha com o impeachment de Alexandre de Moraes, magistrado do STF responsável pelas ações contra ele e seus apoiadores.
Na cabeça de Bolsonaro, o Senado é a única Casa com poder de “ter algum controle” sobre o STF dentro do que ele convencionou chamar de quatro linhas da Constituição.
Ou seja, só Senado pode abrir um processo de afastamento de ministros como Moraes, embora esse fato nunca tenha ocorrido.
Não por Alexandre de Maraes, mas ao mirar o Supremo Bolsonaro dá um passo além da ex-aliada Sara Winter: ele também brinca com fogo, só que bem ao lado de um tonel de gasolina.
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As próprias Forças Armadas, às quais Bolsonaro diz pertencer, embora tenha sido reformado, já não lhe dão ouvidos: os soldados estão de prontidão para eventuais palhaçadas em caso de derrota nas urnas.
Mexendo com fogo ao lado de um tonel de gasolina
O Brasil se vacinou contra a Covid e contra os extremismos vendo as idiotices de Trump nos Estados Unidos, nas quais Bolsonaro se inspira. Lá, até o vice, acompanhado dos republicanos, se posicionaram contra o xarope de plantão.
Tudo indica que o Brasil vai pelo mesmo caminho. Nem a ‘velhinha de Taubaté’ parece acreditar em Bolsonaro, quanto mais gente preparada que ocupa altos cargos na administração pública.
Sara Giromini ousou provocar Alexandre de Moraes e acabou presa. Bolsonaro tem apenas mais 11 meses de mandato, ou seja, de foro privilegiado.
Que fique esperto para não ter o mesmo fim que a aliada que um dia ele largou na chuva. E não vai adiantar chorar no colo de Temer.