Anvisa divulga total de ameaças recebidas após aprovação de vacina infantil

Atualizado em 16 de fevereiro de 2022 às 19:07
Barra Torres: Anvisa divulga total de ameaças recebidas
Barra Torres diz que Anvisa recebeu 458 ameaças

O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, disse hoje (16) que funcionários da Anvisa receberam 458 ameaças desde a aprovação da vacinação contra a Covid-19 para crianças.

Barra Torres afirmou, em audiência na Comissão de Direitos Humanos do Senado, que os ataques causam sensação de “insegurança e tensão desnecessárias”.

“Esse outro que se somou agora, que é a preocupação com a própria segurança, é totalmente descabido e desnecessário, mas, infelizmente, ele está lá. Esse ambiente é um ambiente de insegurança”, disse o presidente do órgão regulador.

Barra Torres foi chamado ao Senado para falar sobre a vacinação infantil e também sobre o documento do Ministério da Saúde que defendia uso de hidroxicloroquina e que vacinas não funcionam contra a mesma doença. O presidente da agência disse que a Anvisa não teve participação da elaboração do documento e que o órgão não concorda com os argumentos.

Ele afirmou ainda que causa “perplexidade” e “preocupação” cogitar o uso de medicamentos fora das indicações da bula, no caso da hidroxicloroquina, como política pública contra a Covid-19.

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Ameaças aumentaram após Bolsonaro afirmar que iria expor técnicos

Após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que iria expor os nomes dos técnicos do órgão que aprovaram o uso de doses da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos, as ameaças se tornaram mais frequentes.

A Anvisa tem mantido informados a Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as ameaças. Barra Torres reconhece que as falas de Bolsonaro coincidem com o aumento das ameaças à agência. O número de ataques citado por ele foi totalizado até o dia 14 de fevereiro.

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