Os Estados Unidos criticaram nesta quinta-feira (17) a visita do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Rússia, além da declaração do chefe do Executivo, que afirmou se solidarizar com Moscou em meio à tensão com a Ucrânia. Um porta-voz do Departamento de Estado estadunidense disse ao O Globo que a afirmação “mina a diplomacia internacional”.
“O momento em que o presidente do Brasil se solidarizou com a Rússia, enquanto as forças russas estão se preparando para potencialmente lançar ataques a cidades ucranianas, não poderia ter sido pior. Isso mina a diplomacia internacional destinada a evitar um desastre estratégico e humanitário, bem como os próprios apelos do Brasil por uma solução pacífica para a crise”, declarou o porta voz.
O chefe do Executivo participou de um encontro reservado com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no Krelim, sede do governo russo, na quarta-feira (16). Antes da reunião, Bolsonaro disse que estava “muito feliz e honrado pelo convite”. Ele precisou fazer cinco testes de detecção da Covid-19 para poder entrar no país.
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“Postura inconsciente”, diz porta voz dos EUA sobre declaração de Bolsonaro
O porta-voz do país norte-americanos disse que há “uma narrativa falsa de que nosso engajamento com o Brasil em relação à Rússia envolve pedir ao Brasil que escolha entre os Estados Unidos e a Rússia. Esse não é o caso. A questão é que o Brasil, como um país importante, parece ignorar a agressão armada por uma grande potência contra um vizinho menor, uma postura inconsistente com sua ênfase histórica na paz e na diplomacia”.
A reunião entre Putin e Bolsonaro rendeu frutos. Os presidentes prometeram ampliar a cooperação, especialmente em áreas do agronegócio. Na última semana, Bolsonaro anunciou que discutiria parcerias com fabricantes de fertilizantes.
O que Carluxo foi fazer na Rússia?
— DCM ONLINE (@DCM_online) February 16, 2022