Em discurso de posse no TSE, Fachin pede “compromisso com a verdade”

Atualizado em 22 de fevereiro de 2022 às 22:23
Fachin pede compromisso com a verdade. Foto do ministro comterno azul, bigode branco, óculos de grau e calvo
Fachin permanecerá no cargo até agosto. Foto: Nelson Jr., STF

O novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, tomou posse nesta terça-feira (22) com um discurso sobre “tolerância, a disposição para o diálogo e o compromisso inarredável com a verdade dos fatos” e “respeito ao escore das urnas”. Fachin que é integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), disse ainda que é preciso “preservar o patamar civilizatório a que acedemos e evitar desgastes institucionais”.

Fachin assume presidência do TSE em meio a ataques do presidente Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas. No ano passado, proposta do governo para implantar voto impresso foi rechaçado em massa pelos parlamentares.

“Assumo essa função atento, de imediato, aos árduos desafios da hora que vivemos. Nela, a esperança nos move em direção à cooperação pacífica entre as instituições; cumpre-nos, assim, preservar o patamar civilizatório a que acedemos e evitar desgastes institucionais. Esse patamar a que acedemos é, dentro do marco constitucional, um direito inalienável do povo. Dele retroceder é violar a Constituição”, declarou Fachin.

Leia mais:

1 – Bolsonaro dá desculpa furada e recusa convite para posse de Fachin no TSE

 

2 – ‘Não há dúvida’ de que Bolsonaro vazou dados sigilosos, diz Fachin

 

3 – Bolsonaro ignora Fachin e Moraes

Fachin defende instituições

Ainda nesta terça, ele disse que “os líderes e às instituições, portanto, toca repelir a cegueira moral e incentivar a elevação do espírito cívico e as condutas de boa-fé que abrem portas ao necessário comportamento respeitoso e dialógico.”

Ele falou ainda sobre o trabalho do segundo ministro, Alexandre Moraes, que assumirá o cargo em agosto.

“O segundo desafio é o de fortificar as próprias eleições, as quais, como se sabe, constituem a ferramenta fundamental não apenas a garantir a escolha dos líderes pelo povo soberano, mas ainda para assegurar que as diferenças políticas sejam solvidas em paz pela escolha popular. A democracia é, e sempre foi, inegociável”.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link