Este é um texto de minha caçula, Camila Nogueira. Modéstia à parte.
No livro Este Lado do Paraíso, o escritor F.S. Fitzgerald deixou claro que Amory Blaine era seu alter-ego na própria introdução, em que ele afirma que escrever o livro custou-lhe três meses; concebê-lo, três minutos; e reunir os dados nele utilizados, toda a sua vida.
Sendo assim, podemos ver no personagem o próprio autor – especialmente em suas opiniões e características. Em certo momento, Amory e um amigo decidem diferenciar um “engomadinho” (que segundo eles são fáceis de reconhecer e em geral usam óculos com aro de tartaruga) e “o grande sujeito”, cuja existência é muito mais rara. Amory elabora, então, uma lista para diferenciá-los.
O Engomadinho
1. Senso interesseiro dos valores sociais. Caça status.
2. Veste-se bem. Finge acreditar que a roupa é algo superficial – mas sabe que não é.
3. Participa apenas das atividades em que pode brilhar.
4. Entra para a faculdade e é, em um sentido mundano, bem sucedido.
5. Tem cabelo alisado e lustroso.
O Grande Sujeito
1. Inclinado à franqueza e indiferente ao status.
2. Acha a roupa superficial e tem inclinação a ser descuidado nesse sentido.
3. Participa de tudo por um senso de dever.
4. Entra para a faculdade e tem um futuro problemático. Sente-se perdido em seu círculo diz sempre que em seu tempo de ginásio era, afinal de contas, mais feliz.
5. Não tem cabelo alisado, tampouco lustroso.