Mesmo pressionado, governo brasileiro mantém neutralidade na ONU

Atualizado em 28 de fevereiro de 2022 às 18:49
Mesmo pressionado, governo brasileiro mantém neutralidade na ONU. Costa Gilho aparece em um evento, ele usa um terno preto, é calvo e tem bigode branco.
Governo condenou guerra contra a Ucrânia, mas não concorda com sanções à Rússia. Foto: Reprodução

O Brasil condenou o ataque da Rússia contra a Ucrânia, mas ao mesmo tempo, também criticou as sanções tomadas contra a economia russa. O embaixador do Brasil na ONU (Organização das Nações Unidas), Ronaldo Costa Filho, se pronunciou durante a 11° Reunião Emergencial Especial da Assembleia Geral da ONU nesta segunda-feira (28).

“Essa situação não justifica de forma alguma o uso de força contra a soberania e integridade territorial de qualquer Estado-membro. Vai contra as normas e princípios mais básicos e é uma violação clara da Carta da ONU”, disse o embaixador.  “O Brasil reforça seus pedidos de um cessar-fogo imediato na Ucrânia, bem como o respeito pelo direito humanitário internacional”, completou.

Ao mesmo tempo, Costa Filho disse que “De igual importância é o nosso pedido a todos os envolvidos que reavaliem as suas decisões sobre o fornecimento de armas, o recurso de ataques cibernéticos e a plicação de sanções seletivas, principalmente aquelas que podem afetar  a economia global, incluindo a área crítica de segurança alimentar.”

Ele pediu que houvesse “soluções construtivas”. Estados Unidos e União Europeia baniram alguns bancos russos do Swift, o principal sistema de pagamentos internacionais do mundo.

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Com discurso brando na ONU, embaixador diz que acordo de Minsk falhou por causa de ambos os lados

Costa Filho afirmou que o enfraquecimento do acordo de Minsk, capital da Bielorrúsia, foi uma consequência de ações de todos os lados. A falta de aplicação do tratado é um dos motivos que a Rússia justifica o início da guerra.

“Vemos uma sucessão de eventos que se não forem contidos em breve levarão a um confronto muito mais amplo. Todos sofreram, não só aqueles envolvidos na guerra”, disse o embaixador.

No domingo (27), a ONU aprovou a convocação de uma reunião extraordinária da Assembleia Geral para discutir a guerra em curso na Ucrânia.

O documento foi fruto da diplomacia dos EUA após o veto russo à resolução que condenava o conflito na última sexta (25). O Brasil apoiou a resolução.

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