A Procuradoria-Geral da República (PGR) quer saber o que o gabinete do ódio foi fazer na Rússia. O órgão disse ao Supremo Tribunal Federal que não identificou indícios de crimes na ida de integrante do grupo na viagem presidencial à Rússia. No entanto, pediu que um ofício seja enviado ao Planalto para que o governo preste informações sobre o assunto.
A manifestação foi uma resposta a uma solicitação do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para que a PGR investigasse as circunstâncias da viagem, já que o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disse estar preocupado com a aproximação com o governo de Vladimir Putin. Isto porque a Rússia ficou conhecida por interferências em eleições de outros países, como nos Estados Unidos.
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Carlos Bolsonaro e assessor do presidente estiveram na viagem à Rússia
Na comitiva do presidente estava com o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), que é filho do presidente, além do assessor presidencial Tércio Arnaud Tomaz. Eles são suspeitos de integrar um grupo responsável por ataques a autoridades e instituições democráticas nas redes sociais, apelidado de “gabinete do ódio”.
O pedido feito por Randolfe dentro do inquérito das fake news, que investiga as milícias digitais, foi analisado pela PGR, que disse “A petição de fls. 4038/4044, além de não ter pertinência com o objeto investigado nos presentes autos, veio desacompanhada de elementos mínimos indiciários de qualquer prática delitiva, ainda que em tese, tratando-se mais de uma crítica à viagem presidencial à Rússia”.
A subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, prosseguiu dizendo que “Os demais apontamentos, em uma análise preliminar, afiguram-se como suposições que, a princípio, não angariam plausibilidade jurídica. Ressalte-se, que as críticas e opiniões pessoais do Senador serão bem-vindas na tribuna ou como matéria midiática, mas não como representação criminal, não tendo qualquer pertinência ou prevenção com o INQ 4874/DF”.
Com informações de O Globo.
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