O vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), evitou comentar, nesta quinta-feira (3), a bronca de Bolsonaro endereçada a ele após comentário sobre guerra no leste-europeu. No dia 24 de fevereiro, ele afirmou que o Brasil não concorda com o conflito, sendo o primeiro integrante do alto escalão brasileiro a comentar a situação. O general da reserva disse que “tem que haver uso da força e apoio à Ucrânia”.

Horas depois, Bolsonaro (PL) afirmou em uma live que desautorizou Mourão e que o vice não tinha “competência” para comentar o assunto. “Deixar bem claro: o artigo 84 da Constituição diz que quem fala sobre esse assunto é o presidente. E o presidente chama-se Jair Messias Bolsonaro. E ponto final. Com todo respeito a essa pessoa que falou isso — e falou mesmo, eu vi as imagens — está falando algo que não deve. Não é de competência dela. É de competência nossa”.

Na quinta, ele foi questionado se havia conversado com o chefe do executivo federal sobre o ocorrido, mas Mourão evitou se manifestar e relatou que o assunto diz respeito somente aos dois. Ele voltou a comentar sobre o tema e falou que as sanções contra a Rússia podem “surtir algum efeito, mas é preciso aguardar”.

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Guerra na Ucrânia entra em seu oitavo dia

A luta armada iniciada no dia 24 de fevereiro já entrou no oitavo dia consecutivo. O conflito é considerado a maior ofensiva militar registrada na Europa desde o final da Segunda Guerra Mundial. As delegações dos dois países se reuniram para definir uma saída diplomática e negociar um cessar-fogo, mas ainda não há sinal de que o conflito seja interrompido.

Até agora, empresas e bilionários russos estão sendo afetados por sanções dos Estados Unidos e União Europeia. Aviões da Rússia estão proibidos de circular no espaço aéreo do bloco e multinacionais encerraram contratos com o país.

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