João Doria (PSDB), Sergio Moro (PODEMOS), Simone Tebet (MDB) e Felipe D’Avila (NOVO), candidatos da terceira via, estão atacando Vladimir Putin desde semana passada por conta da guerra da Ucrânia. O ex-juiz e o atual governo de São Paulo são os mais firmes em relação aos ataques contra a Rússia. No entanto, esse comportamento tem sido muito criticado por boa parte dos parlamentares, principalmente do Centrão.
Conforme apurou o DCM, líderes partidários, deputados e senadores estão chamando o quarteto da terceira via de “radicais”. Isto porque possuem posicionamentos muito parecidos com do Movimento Brasil Livre (MBL). A opção de escolher um lado é vista como “sem diplomacia” e apenas querendo colocar o país em uma posição de “linha auxiliar” dos Estados Unidos.
Doria escreveu recentemente que Putin quer justificar a guerra com fake news. Moro afirmou que é “preciso estar do lado certo da história”, ou seja, defender a Ucrânia é ser o “mocinho”. Além disso, a terceira via tem criticado a neutralidade de Jair Bolsonaro e vêm cobrando Lula para criticar o presidente russo.
Fato é que parlamentares do Centrão são favoráveis aos comportamentos do petista e do atual chefe do executivo federal. Na avaliação deles, o Brasil sempre se posicionou como protagonista dos diálogos e reconciliação. Até porque, o país passa longe de ser uma potência militar e econômica. Escolher um lado poderia trazer prejuízos irreversíveis.
“Tínhamos certeza que tanto o presidente quanto o Lula escolheriam um lado, mas optaram pela diplomacia. O Bolsonaro aconselhado pelo Itamaraty. Já o Lula tem vasta experiência, é uma liderança respeitada em todo planeta e sabe como se comportar em situações assim. Agora a terceira via quer lacrar e ganhar likes na internet. Estão sendo irresponsáveis”, afirmou um deputado do Centrão ao DCM.
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Terceira via pode mudar de posição?
Na opinião de parlamentares, isso não deve acontecer. Com a mídia tradicional com uma cobertura “pró-Ucrânia”, os pré-candidatos da terceira via querem ganhar popularidade ao se posicionarem contra a Rússia. “Parece mais uma atitude eleitoreira”, disse um senador.
O Podemos e o Novo concordam com as posturas dos seus pré-candidatos. No PSDB e MDB não há unanimidade. Até porque, os dois partidos não definiram que Doria e Tebet serão seus representantes na eleição presidencial de outubro.
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