Fernando Gabeira não se manifestou sobre os áudios escrotos de Arthur do Val, o Mamãe Falei do MBL, sobre as ucranianas e as maravilhas do turismo sexual no “tour de blonde”.
E nem vai.
Em março de 2016, de cima de um carro de som do Vem Pra Rua em Copacabana, Gabeira falou o seguinte ao microfone: “Não estou aqui como político ou jornalista, mas como pai e avô. Tenho convicção de que Dilma vai cair. Venho aqui para lembrar que a luta não termina aí. Teremos um longo caminho pela frente para consertar o estrago que eles fizeram”.
Note bem: “o estrago que ELES fizeram”.
Gabeira passou esses anos fingindo que não era com ele. Foi porta-voz da Lava Jato, escreveu prefácio de livro de Moro, lançou livro com Dallagnol, elogiou Bolsonaro, entrevistou os fascistas do MBL na GloboNews tratando-os como patriotas que lutavam contra a corrupção.
Aquele bando, segundo ele, era “um movimento que se destacou na oposição ao governo de esquerda, tem uma clara opção liberal”.
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Encontrou-os em Brasília e posou para fotos com Renan Santos, Kim Kataguiri e Fernando Holiday. Depois tentou apagar tudo, mas a coisa já tinha se espalhado. Sua ligação com os pequenos fascistas é mais famosa que a tanga de crochê que ele pegou emprestada da prima Leda Nagle ao chegar do exílio e sonhar com um “novo Brasil”.
Nunca ninguém errou tanto sobre tanta gente por tanto tempo quanto Fernando Gabeira.