Usando uma gravata cor de rosa, o presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou as presidiárias de fora da lista de mulheres beneficiadas por projeto de proteção da saúde menstrual e distribuição gratuita de absorventes e outros itens de higiene. O decreto foi assinado nesta terça-feira (8). Além disso, entre as estudantes, apenas alunas de 9 a 24 anos de idade matriculadas em escolas do programa Saúde na Escola serão beneficiadas. Bolsonaro posou ao lado de Bia Kicis (PSL-SP), para quem o presidente promoveu “inúmeras ações em prol das mulheres”
A assinatura ocorreu durante evento em comemoração ao Dia da Mulher, no Palácio do Planalto. No ano passado, Bolsonaro vetou um projeto que previa distribuição de absorventes. Na ocasião, o presidente atribuiu o veto à ausência de informações sobre a origem do dinheiro. No entanto, o projeto previa uso da verba destinada ao Sistema Único de Saúde (SUS).
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Quem serão as mulheres atendidas pelo projeto?
- mulheres em situação de rua
- mulheres, de 12 a 21 anos, cumprindo medidas socioeducativas
- alunas de 9 a 24 anos de idade matriculadas em escolas do programa Saúde na Escola
Para Bia Kicis, Bolsonaro usou gravata rosa em homenagem às mulheres
Durante o evento, a deputada federal, Bia Kicis (PSL-SP), fotografou ao lado do presidente e citou as “inúmeras ações deste governo em prol das mulheres”. Ela usou sua conta no Twitter para destacar o fato de o presidente estar usando gravata rosa, “em homenagem a todas nós”.
Antes, vestindo uma blusa cor de rosa, ela postou um vídeo em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, quando teria demonstrado seu posicionamento superficial com relação à data e seu papel, enquanto deputada.
‘Oito de março, Dia Internacional da Mulher. Mulher é aquela que pode ser mãe, dona de casa, profissional, sempre vai encontrar um tempo ainda para cuidar de si, se arrumar, cuidar de si. Então é isso. Feliz Dia Internacional da Mulher e eu espero que você mulher encontre inspiração para ir atrás de tudo o que você quer.
Nesta terça, Bolsonaro também anunciou a sanção de um outro tema que ele mesmo já havia vetado. Trata-se da a contagem do período da pandemia como tempo de serviço para gratificações e licenças-prêmio na saúde e na segurança pública.
Ele sancionou ainda a lei que estabelece regras para o retorno de gestantes ao trabalho presencial, além de sancionado uma alteração na Lei Maria da Penha e a criação de um projeto de acesso à crédito, cursos técnicos e informações sobre finanças para mulheres.