O jurista Lenio Streck, integrante do Grupo Prerrogativas, fez uma análise sobre as falas machistas do deputado Arthur do Val (Podemos-SP), o Mamãe Falei. Ele julgou o caso como “gravíssimo”.

Lenio afirmou que o deputado “quebrou tudo o que a Constituição estabelece como objetivos de um Estado democrático”. Ele comentou outros crimes cometidos pelo co-autor do MBL. “Confessando que estava indo para construir coquetéis molotovs, crime de evasão de divisas, misoginia, machismo, xenofobia”.

Para o jurista, Mamãe Falei viajou à Ucrânia “para matar”. “O parlamento tem o dever de afastar o deputado da vida pública. Respeitando o devido processo legal, é claro. Eis aí a nova politica usando as roupas do mais baixo clero da antipolitica. Outra pergunta talvez deva ser: fracassamos?”, questionou ao DCM.

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Mamãe Falei é cria de Moro e Dallagnol

Lenio Streck enfatiza ainda que “Mamãe Falei é produto da antipolitica construída pelo lavajatismo”. “O pai de Mame Falei tem nome e sobrenome: Sergio Fernando Moro. E o copai é Dallagnol. Mamãe Falei jamais existiria em uma democracia> Só se “criou” por aqui porque tivemos as instituições avacalhadas por um juiz e um procurador, criando um ambiente perverso, em que todos os políticos foram vistos como ladrões e safados. A grande questão agora é dizer para a sociedade: toma que o filho é teu”. 

Mamãe Falei, por sua vez, diz que vai se afastar do MBL e resolveu criticar Moro. O deputado estadual, que está no mesmo partido do ex-juiz, ainda se defendeu de uma possível cassação do mandato na Alesp.

O deputado disse que ficou “chateado” após Moro ter declarado publicamente que não o apoia mais. “A minha sensação é de frustração, de tristeza da parte dele. Outra coisa são os fatos. E o fato é nós ainda temos um país que está aí na beira de ter Lula ou Bolsonaro. Se eu estou atrapalhando a missão [de Moro], será que eu não faria o mesmo [que ele fez]? Será que faria diferente? Eu hoje te falaria diferente”, disse o parlamentar.

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