Novo presidente eleito na Coreia do Sul, o conservador Yoon Suk-yeol assumirá o governo por cinco anos no lugar de Moon Jae-in. A eleição foi acirrada, como mostra a apuração realizada hoje (9). As pesquisas de boca de urna após as votações apontavam vantagem de apenas 0,6 ponto percentual de Yoon sobre o segundo colocado, Lee Jae-myung, do mesmo partido do atual líder sul-coreano.
Ele tem 61 anos e ficou famoso por atuar no caso que levou à prisão da ex-presidente Park Geun-hye por abuso de poder. O futuro presidente chegou a atuar como procurador-geral no governo Moon Jae-in, antes de romper os laços com o mandatário e se candidatar à presidência pelo Partido do Poder Popular.
Yoon vence a eleição no pior momento da pandemia da Covid-19 no país. A Coreia registra média de quase 250 mil novas infecções e 170 mortes por dia, devido à variante ômicron. Ele também terá que lidar com o aumento do endividamento doméstico e com uma grave crise imobiliária, que atinge principalmente os mais jovens.
O conservador promete retomar o diálogo com a Coreia do Norte e se mostrou disponível para concedera benefícios a Pyongyang para um caminho de desnuclearização do norte da península. No entanto, já defendeu que ataques preventivos podem conter o país se houver informações sobre um ataque iminente.
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Presidente eleito quer estabelecer diálogo com a Coreia do Norte
Durante sua campanha, ele disse que o melhor caminho para resolver o problema é estabelecer um diálogo triplo entre Coreia do Sul, Coreia do Norte e Estados Unidos. Yoon se mostrou interessado em comprar mais sistemas de mísseis antibalísticos dos EUA, apesar do risco de retaliação econômica da China. Yoon ainda pretende investir na aliança com o Japão e entrar para o Quad, que conta com EUA, Austrália, Japão e Índia. Essa ação deve afastar ainda mais a Coreia do Sul da China.
Yoon afirmou que vai abolir o Ministério da Igualdade de Gênero e da Família e chegou a dizer que o feminismo era o maior responsável pela baixa taxa de natalidade no país.