A vereadora de São Paulo Erika Hilton (PSOL) registrou nesta semana um boletim de ocorrência e autorizou prosseguimento de investigação criminal contra mulher que ameaçou atear fogo em sua casa e em seu corpo, além de a xingar com termos transfóbicos.
As ameaças foram feitas por e-mail e a autora ainda não teve sua identidade confirmada. Nas mensagens, a mulher se refere à parlamentar como “satanás do inferno” e “traveco”, além de ameaçar degolar e atear fogo em sua residência e seu corpo. “Você nunca deveria nem ter sido parido de sua mãe”, diz um trecho do e-mail.
No registro policial, Erika afirmou estar se sentindo “extremamente agredida, ofendida, ameaçada e com medo”. Após mais uma ocorrência, seu gabinete espera que a segurança da parlamentar seja reforçada.
Leia mais:
1- Quem é o padre bolsonarista que acusa Lula, sem provas, de usar “profissionais” para subornar o STF
2- Vereadora Erika Hilton testa positivo para Covid-19: “Estou me cuidando”
3- Justiça autoriza quebra de sigilo de perfil que ameaçou vereadora Érika Hilton de morte
Outras ameaças a Erika Hilton
Esta não foi a primeira vez que a vereadora foi vítima de ameaças ou agressões. No ano passado, a vereadora recebeu uma série de comentários transfóbicos no Twitter, após a exibição de uma matéria no Fantástico, da TV Globo, sobre parlamentares trans eleitas em 2020.
Na ocasião, a vereadora entrou com um processo na Justiça para obter os dados de 50 contas de redes sociais utilizadas para difamá-la. Entre os xingamentos, figuravam ofensas racistas e transfóbicas. Ela chegou a processas os autores dos insultos e exigiu R$ 10 mil de cada pessoa por danos morais.
Hilton foi a vereadora mais votada nas eleições 2020 em São Paulo. Ela é a primeira mulher transgênero a ocupar um cargo no legislativo da capital paulista.