Com a união do ex-presidente Lula (PT) e de Geraldo Alckmin (Sem partido) nos palanques, adversários que estavam em lados opostos há quatro anos devem se unir em 2022. Rivais nas eleições de 2018, agora os líderes disputam lado a lado a corrida eleitoral que ganhará as ruas nos próximos meses.
Assim, aqueles que surfaram na onda antipetista e apoiaram Bolsonaro em 2018 começaram a fazer alianças locais com o PT e apoiar Lula. Isso é resultado da aproximação do petista com políticos de centro, muito evidenciada com a candidatura de seu adversário histórico, Geraldo Alckmin, à vice-presidência.
De acordo com a Folha, essas mudanças seguem a lógica da construção de palanques competitivos, com candidatos unidos em torno de um objetivo comum.
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O “Efeito Lula-Alckmin” no Brasil
Em Santa Catarina, estado onde Bolsonaro teve 75% dos votos em 2018, Gelson Merísio, candidato a governador derrotado no segundo turno, e apoiador de Bolsonaro na época, desfiliou-se do PSDB e declarou apoio ao petista.
“Nunca votei no Lula, mas entendo que no momento atual é preciso fazer um esforço olhando para frente. Vamos construir uma liga entre pessoas que pensam diferente”, disse à Folha de S. Paulo.
No Rio Grande do Norte, os dois adversários acirrados na eleição de 2018 devem se juntar em uma única chapa. Candidata à reeleição, a governadora Fátima Bezerra (PT) negocia o apoio do ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT).
Diversas outras alianças também são feitas em estados, como Rio de Janeiro, com a aproximação de Eduardo Paes, à época no DEM e hoje presidente do PSD do Rio, e Martha Rocha (PDT); Minas Gerais, com o apoio do PSDB a Alexandre Kalil (PSD); e Piauí, Pernambuco e Sergipe, com a reaproximação do PT e do PSB nesses estados.