A ex-ministra do Meio Ambiente e ex-presidenciável, Marina Silva (Rede), voltou a tecer comentários sobre Sergio Moro (Podemos). Ela aproveitou o espaço para comparar o ex-juiz e colocá-lo no mesmo balaio do atual presidente, fora do campo democrático.
Dessa vez, em entrevista à BBC, a ex-presidenciável foi mais enfática ao afirmar que Sergio Moro “não serve para governar o Brasil”, pois tanto Jair aBolsonaro (PL) quanto Sergio Moro “flertam com o autoritarismo”.
“Estou tentando contribuir num campo democrático e que não flerta com o autoritarismo como flerta Bolsonaro, como flerta (Sérgio) Moro. O que eu não acho é que se deva assinar, na questão de um projeto para o Brasil, um cheque em branco para ninguém”, disse.
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“É um sinal de que alguma coisa está errada”, disse Marina Silva sobre atitude de Moro
Na ocasião, Maria Silva citou algumas das situações que provam o compromisso de Sergio Moro para com o autoritarismo. Entre elas, a ex-ministra destacou o não cumprimento com o “devido processo legal nas importantes investigações que vinham sendo feitas pela Operação Lava Jato, envolvendo empresários e políticos poderosos”.
Consequentemente, segundo Marina Silva, a atitude de Sergio Moro levou à anulação dos processos, “o que não significa que não houve casos gravíssimos de corrupção, isso é uma postura que eu considero antidemocrática”.
Além disso, Marina lembrou da participação de Moro no governo Bolsonaro. “Quando ele aceita ir para um governo autoritário, defensor da ditadura, defensor de tortura, de ditadores como (Augusto) Pinochet (ex-ditador do Chile) e tantos outros, isso é flertar, sim, e ser, digamos, alguém que não era inocente”.
“E se ele fosse inocente em relação à trajetória de Bolsonaro, paciência, não serve para governar o Brasil. E se ele era consciente de tudo isso e mesmo assim foi colaborar com um governo como esse, também não serve para governar o Brasil”.
Ao ser questionada se a população também vê Sergio Moro como alguém que flerta com o autoritarismo, Maria Silva usou a lógica para responder que “sim”.
Afinal, segundo ela, “é um sinal de que alguma coisa está errada” quando “você acaba de fazer uma operação dessa magnitude, que tirou da disputa um dos principais favoritos da disputa eleitoral (em 2018, Lula não pôde disputar as eleições após ter sido condenado pela Operação Lava Jato) e você, em seguida, vai servir ao governo vitorioso.