“Tudo faz parte de uma obra de ficção”, afirmam Brunho Munhoz, de 17 anos, e Daniel Pimentel, de 22, sobre a polêmica cena que protagonizam no filme “Como se tornar o pior aluno da escola”, de Danilo Gentili.
“Nos tempos de hoje, com essa cultura do ódio e do cancelamento, alguém joga um vídeo curto que não mostra a cena inteira, e isso já é visto como apologia à pedofilia. Sendo que, em momento algum, a gente faz isso. Muito pelo contrário”, ressalta Daniel Pimentel, que realizou seu primeiro trabalho no cinema na produção de Gentili.
Descontextualizada, a referida cena vem sendo compartilhada por representantes e apoiadores do governo Bolsonaro desde o último fim de semana, depois de o longa-metragem ser incluído no catálogo da Netflix.
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Censura no filme de Gentili
Na última terça-feira (15), o Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou a suspensão da exibição do longa-metragem em todas as plataformas de streaming, como Globoplay e Telecine, além de Netflix. Entretanto, essa medida é inconstitucional, e foi considerada como censura por alguns juristas.
Nesta quarta-feira (16), então, o Ministério da Justiça e Segurança Pública alterou a classificação etária da obra. Em despacho publicado no Diário Oficial da União, a pasta afirma que “tendências de indicação como coação sexual; estupro, ato de pedofilia e situação sexual complexa” determinaram a mudança de recomendação etária para 18 anos.
Em 2017, quando o filme foi lançado, sua classificação era de 14 anos, o que surpreendeu a própria equipe de produção, que estimou a classificação de 16 anos.
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