No último sábado (19), em Londrina, manifestantes bolsonaristas caracterizados com a bandeira do Brasil queimaram uma toalha com a foto de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-presidente e pré-candidato à Presidência cumpria agenda na cidade, com uma visita ao assentamento Eli Vive, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
No aeroporto, manifestantes contrários fizeram protestos pela manhã. “‘Tamo’ comemorando a vinda do Lula, vamo lá”, anuncia bolsonarista com um microfone, em vídeo divulgado no Twitter. Em seguida, várias pessoas tentam queimar a toalha, e só o conseguem quando jogam álcool. “Vai queimar no fogo do inferno”, grita um dos defensores de Deus e da família.
Nos comentários do vídeo, internautas questionam se o ato seria considerado crime, ou passível de processo. “Merecem um processo, e não vou tirar até alguém IMPORTANTE VER”, postou a autora do tuíte com o vídeo.
Confira:
Gente, isso não é crime??? pic.twitter.com/W2nWCY9YqJ
— Senhora RIVOTRIL?❤️ (@SRivoltril) March 22, 2022
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Lula em Londrina
O pré-candidato estava acompanhado do ex-governador Roberto Requião, em Curitiba, da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e dos dirigentes nacionais do MST João Pedro Stédile e João Paulo Rodrigues.
De acordo com o MST, 10 mil pessoas acompanharam o evento no Eli Vive, vindas de diversas partes do estado. A visita de Lula ao Eli Vive foi o primeiro encontro massivo do MST no Paraná, desde o início da pandemia.
Ocupadas em 2009, as terras que deram origem ao assentamento foram adquiridas pelo Incra em agosto de 2010, no segundo mandato de Lula. Com 501 famílias, o Eli Vive é considerado a maior área de Reforma Agrária em região metropolitana do Brasil e tem sua matriz produtiva baseada na agroecologia.
Em lotes de oito e dez hectares, as famílias produzem para subsistência e comercialização, por meio de uma cooperativa e diretamente em feiras livres, além de supermercados e na Ceasa de Londrina. Entre os produtos, leite, hortaliças, café, frutas e grãos, como milho e feijão.