A empresa T4F, responsável pela organização do Lollapalooza, recorreu da decisão da Justiça após censura do TSE, que proibiu manifestações políticas durante as apresentações dos artistas. O ministro da Corte, Raul Araújo, impediu o que chamou de “manifestação de propaganda eleitoral ostensiva”. Agora, os advogados da empresa pedem que ele reconsidere a liminar.
Araújo atendeu a um pedido do Partido Liberal (PL), cujo qual o presidente Bolsonaro é filiado. A sigla foi até ao TSE depois que imagens da cantora Pabllo Vittar segurando uma toalha com a foto do ex-presidente Lula (PT) viralizaram. O ministro avaliou que os artistas “pediram expressamente que a plateia presente exercesse o sufrágio em seu nome, vocalizando palavras de apoio e empunhando bandeira e adereço em referência ao pré-candidato de sua preferência”.
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Lollapalooza diz que as manifestações representam “o exercício regular da liberdade de expressão”
Em um trecho do recurso apresentado pelos advogados da empresa, há a defesa de que os artistas se manifestem tanto favoráveis como contrários a qualquer político, parte do exercício de “liberdade de expressão”.
“Não é demais ressaltar que muitos artistas também se manifestam em favor de Jair Bolsonaro, devendo também lhes ser resguardada a oportunidade de fazê-lo. Todas essas manifestações representam o exercício regular da liberdade de expressão. Referem-se a posições políticas, ou seja, a questão que deve justamente ser objeto de discussão pública, livre e insuscetível de censura”, avaliam os advogados.