Em uma tentativa de minimizar as críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL), o secretário especial de Cultura, Mario Frias, tem utilizado as redes sociais para criticar artistas que se manifestaram contra o presidente durante o Lollapalooza. O mais recente ataque foi ao próprio evento e à empresa responsável pelo festival de música.
No Instagram, o secretário disse que a empresa que realiza a atração se beneficiava do antigo arranjo da Lei Rouanet e que metade do valor do projeto voltaria para a empresa. Segundo ele, com as mudanças que foram feitas, 70% do lucro permitidos às empresas foi diminuído.
“A TF4 era uma das grandes empresas que se beneficiavam com o antigo arranjo da Lei Rouanet, onde metade do valor do projeto retornava para empresa. Com as mudanças que fizemos, diminuímos em 70% o lucro permitido para as empresas que apresentam projeto na Rouanet”, disse Frias hoje (28) no Twitter, em uma tentativa de desviar o foco das críticas ao presidente.
A TF4 era uma das grandes empresas que se beneficiavam com o antigo arranjo da Lei Rouanet, onde metade do valor do projeto retornava para empresa. Com as mudanças que fizemos, diminuímos em 70% o lucro permitido para as empresas que apresentam projeto na Rouanet. https://t.co/0ElJsPJq9K
— MarioFrias (@mfriasoficial) March 28, 2022
O secretário ainda afirmou que, não é à toa, as manifestações contra o presidente no evento justamente por conta da mudança na lei. “Não é à toa as manifestações contra o governo no evento. Por trás de todo crítico há um bolso vazio”, afirmou o secretário.
Leia mais:
2- Após censura, Bolsonaro faz jogo de cena e manda PL remover ação contra Lollapalooza
3- Ministros acham que censura ao Lollapalooza foi erro e desgastou TSE
Mario Frias critica artistas
No domingo (27), o secretário utilizou as redes sociais para criticar artistas por se manifestarem contra Bolsonaro. Ele chamou os artistas de “elite arrogante” que pensam que são “donos da cultura do Brasil”.
O comentário ocorreu após uma determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que proibiu manifestações políticas no festival Lollapalooza. A decisão do TSE atendeu a um pedido do Partido Liberal (PL), que entrou, no sábado (26), com uma representação na Corte contra o evento depois de artistas criticarem o presidente.
“E assim caminha a elite arrogante que se acham donos da cultura do Brasil. Não conseguem promover seus shows de forma profissional e transformam os palcos em um verdadeiro palanque eleitoral. Sequer conseguem mostrar seu trabalho sem militar e insultar o presidente do seu país. Afinal, o LollaPalooza é um evento cultural ou virou palco para atos políticos?”, questionou Frias ao compartilhar um vídeo da apresentação de Lulu Santos no Lollapalloza, em que a mensagem “Fora Bolsonaro” aparecia no telão.
Clique aqui para se inscrever no curso do DCM em parceria com o Instituto Cultiva
Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link