A mudança de presidente na Petrobras deixou os funcionários da estatal apreensivos. A nova gestão, que será comandada por Adriano Pires, depois da demissão do general Joaquim Silva e Luna, ainda vem sendo avaliada por servidores se representará ou não grandes mudanças.
Adriano Pires é um consultor renomado na área petrolífera, mas não tem nenhum tipo de experiência com a gestão executiva de grandes empresas. Por mais que ele tenha um conhecimento técnico das principais questões envolvidas na administração da estatal, há um certo receio sobre se haverá alterações radicais na área administrativa.
Há também uma reação ao Projeto de Lei 1272, aprovado no Senado, que seguirá agora para a Câmara. De autoria do senador Jean Paul Prates (PT-RN), os funcionários entendem que a proposta é uma ameaça e representa a intervenção do Estado na política de preços da estatal.
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Adriano criticou o PL que afeta a Petrobras, mas defendeu modelagem na proposta
Adriano Pires é favorável ao fundo, mas defendeu uma outra modelagem à proposta de Jean Paul-Prates. Ele sempre criticou a proposta do senador petista e cabe agora ao governo decidir como irá proceder em relação à forma de subsídio aos combustíveis.
Atualmente, a Petrobras tem o controle sobre a política de preços, mas com o fundo ela ficaria dependente do Executivo, que deve considerar os custos de internalização e produção, que é a vontade do governo Bolsonaro. A estatal passaria para uma categoria diferente da dos importadores, com regras mais duras e que permitam o uso político da empresa.